Sabem aquelas pessoas que vão de porta em porta com enciclopédias ou com tapetes às costas para vender? Pareço eu, só que numa versão mais avançada, pois tenho a mota lol. No outro dia vim pra casa com duas cadeiras, ontem com uma planta e alguns vasos, hoje com uma cortina daquelas de plástico de enrolar. Agora imaginem a minha imagem a trazer estas coisas na pequena scooter eheh. Que comédia, mas uma pessoa tem que desenrascar não é? E eu como bom português que sou ;) Mas é verdade, tenho uma planta! Já que ainda não tenho companhia cá em casa ao menos assim o espaço não parece tão...aborrecido. Se calhar devia dar-lhe um nome...
Ultimamente sinto-me um autêntico amigo do alheio lol, para onde quer que olhe tento encontrar algum objecto ao qual lhe possa dar uma utilidade. Faltam-me tantas coisas em casa, e já o faço por instinto eheh. Mas não, ainda não roubei nada...ainda :P
Até na Índia o "nosso" Alberto joão Jardim é bem conhecido! Não estou a brincar, o Jude que trabalha comigo é Índiano mas tem descendência madeirense e já ouviu falar "maravilhas" do homem. Se ele ao menos soubesse de metade das coisas...lol
Já se passou um mês (mais precisamente 1 mês e 3 dias) desde que aqui cheguei, estes últimos dias não escrevi nada porque também não se tem passado muita coisa...e também por alguma preguiça :P Mas o panorama melhorou bastante desde o último ponto de situação, tenho uma casa onde já me sinto minimamente confortável, porque também entretanto comprei muita coisa que me faltava. Já tenho mais uma mesa e umas cadeiras emprestadas, desta vez para a cozinha. Mesmo assim ainda faz falta alguma mobília, já que não tenho onde guardar a roupa ou sequer pendurá-la :s Mas o que faz mais falta neste momento é companhia lol, continuo a viver sozinho. Era suposto chegar mais uma pessoa nestes dias, para fazer basicamente o mesmo trabalho que eu, mas parece que só chega para o fim do mês que vem. Estes dias têm sido aborrecidos, não tenho tido muito que fazer, além de algumas traduções que já terminei e alguma catalogação de livros. Além disso há uma coisa que me tem preocupado, é o facto do meu salário não ser suficiente para fazer face às despesas que tenho. Para tal deveria estar a receber o dobro, por isso estou a tentar arranjar o máximo destes trabalhinhos extra (traduções, digitalizações, etc), dos quais recebo metade do dinheiro que é pago à Communicare . Qualquer dinheiro extra é bem-vindo, seja lá do que for. A prioridade neste momento é conseguir fazer dinheiro suficiente para pagar as contas, o resto logo se vê. Para a semana parece que o trabalho vai arrancar a sério, tenho uma biblioteca com cerca de 650 livros para catalogar e algumas digitalizações previstas, vamos ver como corre. Parece que já me habituei às diferenças de temperatura entre a rua e sítios com ar condicionado, acabou-se a constipação chata. O que começa a ser difícil de suportar é o calor, e curiosamente é à tarde/noite que mais custa. Chego a casa por volta das 6/7 horas e a casa parece um forno, como não tem telhado os quartos aquecem bastante durante o dia. Claro que não tenho ar condicionado em casa, por isso a maior parte do tempo a minha aparência é de que acabei de fazer 2 horas de jogging, com o corpo todo transpirado, especialmente depois de comer. É muito desconfortável. Também não é fácil dormir com este calor, e acordo sempre cedo. Já me oriento bem na cidade, começo a memorizar as ruas e os sítios e tenho conseguido chegar ao destino sem pedir direcções. As minhas saídas sem ser para trabalho continuam a ser poucas, mas este fim de semana devo ir até à praia e aproveitar para passear um pouco. Prometo voltar com fotos ;)
A noite passada celebrou-se o Divali (Diwali), e foi o meu primeiro contacto próximo com a cultura goesa/indiana. Acompanhei a equipa do Contacto Goa na rua enquanto procuravam pelas efígies (Narkasur) mais impressionantes para filmar. E elas estavam em todo o lado, praticamente em cada esquina havia uma ou duas destas autênticas obras de arte gigantes. É no mínimo impressionante o tempo e dedicação que é despendido já que é tudo feito à mão, e algumas delas trabalhadas ao mais pequeno pormenor.
Ao amanhecer, por volta das 5 da manhã, elas são queimadas ao som da música e do fogo de artifício.
Fomos até Margao assistir a uma competição onde cada "troop" recriava a luta e a posterior morte do terrível Narkasur pelo Deus Krishna.
Tenho alguns videos mas ainda não estão prontos, por enquanto fiquem com a história e algumas fotos:
"É a festa da luz. Segundo a lenda, Goa era governada pelo demónio King Narkasur, que foi morto por Lord Krishna usando o seu famoso “chakra sudharshan” (um disco com espigas). Para iniciar o festival de Diwali, são construídas efígies enormes de Narkasur, que depois são levadas em procissão e queimadas pela madrugada no meio do fogo de artifício. O povo Hindu acende as lâmpadas das suas casas para marcar o fim das trevas e o início da luz e do triunfo do bem sobre o mal."
Como previa, a mudança de hábitos alimentares, apesar de radical, não foi um problema. Aliás, até adaptei-me com mais facilidade do que esperava! Desde que cheguei que só tenho experimentado a comida local e até agora simplesmente adorei quase tudo o que provei :D Já tinha ficado fã da comida indiana num restaurante muito porreiro em Aveiro e agora que estou a experimentar "the real deal" tenho a dizer que estou muito satisfeito com a minha alimentação cá em Goa. A comida é super saborosa em qualquer sítio onde vou, seja restaurante refinado ou ao que nós chamaríamos de tascas. É claro que de vez em quando convém "tapar os olhos" e tentar não dar à importância ao aspecto sujo que muitos estabelecimentos e os próprios empregados apresentam, ou tentar não pensar onde o cozinheiro andou com as mãos antes de cortar os legumes lol. Mas lá está, come-se bem...e barato! Noto muita falta de higiéne, comparando com a Europa claro. Agarram-se nos alimentos directamente com as mãos antes de o cliente os comer, e é normal vê-los a cuspir para o chão ou a arrotar bem alto ahah. Mas a comida não deixa de ser óptima! A gastronomia típica de Goa é uma mistura de Oriente e Ocidente, fruto da sua história de sucessivas colonizações. Na maioria dos restaurantes as opções são vastas e até estão separadas pela origem dos pratos, Norte da Índia, Sul da Índia, Chinesa e Típica Goesa. Claro que a comida tradicional goesa apresenta influências da gastronomia portuguesa, como é o caso do Mackerel Reacheado, não apenas pelo nome mas também pela forma como é preparado. Além disso estes pratos típicos são sempre super picantes, deliciosos, mas deixam a boca como se estivesse em chamas lol. Há que ter uma cerveja bem fresca ao lado para experimentá-los! Eu gosto da comida picante mas este pessoal abusa :P
Mas embora comer fora seja relativamente barato (tanto que continuo a fazer contas a ver se compensa cozinhar em casa) há que também fazer qualquer coisa em casa de vez em quando, principalmente para alargar os meus conhecimentos de culinária eheh. E agora que começo a ter a cozinha finalmente composta posso começar a experimentar fazer alguns pratos. No outro dia estreei a minha cozinha, não tinha grande coisa de ingredientes e especiarias em casa então fiz um simples prato de noodles com alguns vegetais e molho de soja, e que estava muito bom :)
Ontem preparei-me à maneira, pesquisei por Chicken Masala e encontrei esta receita, fui às compras e meti mãos à obra!
É um prato típico do Sul da Índia (segundo o Jude, que é Indiano) e basicamente é galinha temperada com masala, que é uma mistura de algumas especiarias com vegetais, em pó.
E o resultado foi este:
Até pode não ter grande aspecto mas tava muuuita bom, lá isso garanto :D
...e claro que agora fiquei cheio de fome só de estar aqui a escrever!
Desenvolvi um jogo que me ocupa todas as manhãs ao pequeno almoço. A missão? Apanhar todas as formigas que me invadiram o pequeno almoço. A recompensa? Poder desfrutar do pequeno almoço sem engolir as minhas pequenas "amigas" pelo meio. O primeiro nível é fácil, a acção passa-se na taça de Corn Flakes, e uma vez que elas flutuam no leite tenho a tarefa facilitada. Com uma colher e um bocado de paciência chego ao fim sem problemas. O segundo nível já é um bocado mais puxado, desta vez elas infiltraram-se nas fatias do pão de forma. Esqueçam a sorte de principiante, aqui já é necessário muito treino e desenvolver alguma técnicas para conseguir tirá-las. Os jogadores menos experientes certamente ficarão presos neste nível, acabarão por atirar fora o pão ou comê-lo mesmo com as formigas. Mas eu não, recuso-me a ser vencido pelas malvadas formigas e muito menos a ficar sem o pequeno almoço!
-se inevitável arranjar um meio de transporte, não apenas para ir para o trabalho como também para poder enfrentar várias necessidades do dia-a-dia de forma rápida e eficaz...e claro, para poder ter a mobilidade que me permita passear por Goa e visitar todos estes sítios fantásticos que certamente irei fazer brevemente. Não podia depender de boleias e andar de autocarro...se viram o video que postei anteriormente percebem-me. Então rendi-me ao poder da scooter lol, toda a gente aqui tem uma e rapidamente percebe-se porquê. No meio desta confusão toda acaba por ser o meio de transporte mais rápido, é fácil chegar aos sítios, estacionar é num segundo, e é tão fixe andar a furar o trânsito eheh. Conduzo automóveis há quase 10 anos mas é a primeira que conduzo mota, e para onde vim aprender! lol Como diz o Nuno ( um português que trabalha comigo) "se sabes andar de mota aqui, sabes andar em qualquer parte do mundo!". Tou a adorar o eu motard :D Mãe já sei as preocupações que estão a surgir nessa cabeça neste exacto momento, e digo já que não existem razões para tal ;) Apesar das regras serem quase inexistentes na estrada os acidentes são bem poucos! Sinceramente é uma coisa que me espanta, mas ainda bem que assim é. Mais uma prova há quem se organize na desorganização!
Já devem ter reparado que no canto superior direito do blog estão a passar uma série de fotos, são as fotos que vou tirando e que depois coloco no Photobucket. Basta clicar nas mesmas para ver o álbum completo. Enjoy ;)
Começava a desesperar pois não havia maneira de encontrar um estabelecimento que pelo menos tivesse a aparência duma pastelaria, e em Portugal que temos uma em cada esquina...Mas eis que ontem à noite dei uma uma eheh, e pertinho de casa!
E pelo menos aqui as coisas têm bom aspecto e o sitio apresenta alguma higiene, acreditem que normalmente não é assim.
Hoje de manhã não resisti e tomei lá o pequeno almoço, uma fatia de bolo com creme muita bom!
Não consegui saber exactamente de que era, mas como alguém uma vez respondeu à Carol "Oh menina, é bolo de fatia!" ahahah.
Encontrar café de jeito é que vai ser uma tarefa quase impossível, a menos que o faça em casa. Ai café, a falta que fazes...
É domingo, sinónimo de descanso mas também de algum isolamento já que hoje o pessoal fica todo em casa a descansar, e eu aqui sozinho no meio de nada eheh. Esta deve ter sido a primeira noite em que realmente dormi mesmo bem, e até acordei cedo, 9:30 já estava de pé. Só me apetecia agarrar na mochila, mandar lá pra dentro a câmara e alguns snacks, e deixar-me perder por aí. Só que a minha consciência não me deixou sair antes de fazer algumas limpezas. Então comecei pela roupa, à mão, não há cá máquina de lavar...
Depois dei um jeito na minha nova secretária. Antes:
..e depois:
Acho que dá pra notar a diferença!
Ah, e já resolvi o problema do lixo :D Tudo o que seja orgânico deixo no balde do escritório, papéis e plásticos faço uma fogueira com eles.
Não deixa de ser poluente mas foi a melhor solução encontrada até agora.
É uma situação que não deixa de ser caricata mas que já me está a deixar seriamente preocupado. Como qualquer outra pessoa eu consumo, daí a produção de lixo que ao longo dos dias se vai acumulando até claro, ter que levá-lo para algum lado. Em casa teria a preocupação de fazer a separação de lixo e aproveitar o máximo para reciclagem, aqui estou a mantê-lo em casa pois não encontro nenhum caixote ou qualquer tipo de depósito apropriado onde o deixar! Simplesmente não se vêm baldes do lixo e pela quantidade de porcaria que vejo por aí despejado mesmo ao lado da estrada, infelizmente, não me parece que exista qualquer recolha de lixo.
É uma pena pois não é uma imagem nada bonita, além das questões de higiene inerentes pois acaba por poluir a água e mesmo o ar que estamos a respirar. Tenho visto grandes depósitos de lixo ao ar livre, por baixo de árvores, com um cheiro insuportável e cães,gatos, vacas, porcos, por vezes até pessoas a tentar aproveitar alguma coisa dele. Não é nada bonito não. Mais cedo ou mais tarde vou ter tirá-lo de casa, e deixá-lo por ai ao ar livre é uma coisa que simplesmente me recuso a fazer...tem que haver uma solução...
Digamos que é uma aventura engraçada, mas só as primeiras vezes. Ser "amassado" por dezenas de pessoas além do calor que já faz cá, ter alguém constantemente a gritar o destino do autocarro e literalmente a arrumar o maior número de passageiros possível lá dentro, e chegar já ao trabalho todo transpirado e cheio de vontade de tomar um banho não é propriamente a melhor forma de começar o dia...pelo menos para mim :P mas vejam o video, não deixa de ser engraçado ;)
Foram as primeiras palavras que ouvi ao sair da sala. Como já disse anteriormente as minhas funções aqui em Goa, na Communicare, foram alteradas assim que cá cheguei, pelo que já não vou dar aulas de Português como estava previsto (thank God). De qualquer forma a Nalini (a minha “boss”) perguntou-me se eu podia fazer uma pequena apresentação aos seus alunos de Português sobre Portugal. Respondi logo que sim, sem problemas, porque até tinha vindo preparado com material para isso, e principalmente porque na altura embora já estivesse oficialmente em trabalho não estava a fazer grande coisa . Mas cá dentro fiquei um bocado em pânico com a ideia. Quem me acompanhou estes últimos anos na Universidade de Aveiro sabe perfeitamente que detesto apresentações, e para meu grande desgosto elas aconteciam com grande regularidade sempre que tínhamos que entregar um trabalho. Simplesmente não corriam nada bem, podia saber perfeitamente do que ia falar mas quando lá chegava...nervosismo, boca seca...para esquecer. Por isso estava com algum receio, mas para meu espanto correu bem melhor do que esperava, os alunos também não eram assim tantos (cerca de 20, várias faixas etárias) e pareciam interessados no que lhes estava a falar/mostrar. Com muita conversa pelo meio num ambiente totalmente informal e descontraído...e claro que falei muito mais sobre a Madeira :P De vez em quando faziam uma observação ou outra, algumas perguntas, e no fim até me pediram música portuguesa. Por acaso até gostei, foi uma experiência engraçada e é de certa forma gratificante quando sabemos que estamos a fazer algo de útil e que alguém está a aprender com isso. E fiquei cheio de saudades de casa! lol
Não podem imaginar o meu estado de satisfação neste momento, e de alivio por finalmente terminar a longa espera. A cama acaba de chegar e neste exacto momento estão dois homens a montá-la. Foram 4 noites a dormir num saco cama e alguma roupa à mistura, numa tentativa desesperada por fazê-la um bocadinho mais confortável, ainda por mais depois da uma semana a dormir mal. JÁ TÁ MONTADA! Ahah, já me atirei pra cima dela só pra voltar a sentir o conforto duma cama, a rebolar que nem uma criança, sabe muito bem :D Tenho a certeza que esta noite vou dormir como deve ser, finalmente! Até parece bom demais pra ser verdade, a sério. Ah, e agora o quarto já não deve fazer tanto eco lol.
Ainda não sei qual é mas sei que já lá estou :D Esta noite tenho que dormir num saco cama, já que a casa é nova (sou a primeira pessoa a morar cá) e ainda não tem qualquer tipo de mobília ou electrodoméstico, completamente vazia portanto. Deveria ter pelo menos a cama já, mas parece que o senhorio teve um acidente (correm rumores de que levou uma sova) e não conseguiu comprar a cama hoje, amanhã deve tratar disso. Cheguei cá já ao cair da noite e ainda encontrei os dois homenzinhos que terminavam de lavar o chão, tive que andar à procura da área com menos água pra pousar as coisas lol. Aqui ao meu lado estão 6 ou 7 ventoinhas que ainda faltam montar no tecto dos quartos. Este mês devo morar cá sozinho, até chegar o próximo estagiário lá pró fim do mês. Os 3 membros da Aiesec que me acompanhavam já foram embora para Pune, trataram do contracto de arrendamento com o senhorio e foram embora para casa no final de tarde desta sexta-feira como estava previsto. Assim que me encontrei sozinho nesta casa de quartos enormes e vazios, em silêncio absoluto, foi algo assustador pois foi uma transição da confusão stressante para um estado repentino de solidão. Mas pelo menos acabaram as correrias de um lado pra outro, de ter mudar de roupa várias vezes por dia por andar constantemente à chuva, e principalmente, terminou a busca incessante e desesperante por uma casa. Finalmente posso satisfazer necessidades básicas que pareciam impossíveis de realizar nestas duas semanas. Agora é uma questão de comprar o que me falta pra poder viver de forma confortável, trabalhar em condições, e...começar realmente a disfrutar de Goa!
1h da tarde e ainda de barriga vazia. Acabo de mudar de roupa pois tivemos queandar de mota que nem loucos, à chuva para chegar a tempo a uma reunião com o meu patrão. O dia começa logo assim, para aumentar ainda mais o meu desespero perante a situação, e não ver a hora de ter 4 paredes à minha voltaa que possa chamar quarto e uma cama onde possa finalmente descansar como deve ser, começar a organizar a minha vida e poder trabalhar à vontade. Entretanto mudámos de hotel novamente, para um mais barato claro. É portanto a minha 3ª residência desde que aqui estou. Desta vez não há televisão, nem direito a toalhas ou sequer roupa para as 2 camas que estão a ser divididas por nós os 4, entretanto chegou mais um elemento da Aiesec cá, o presidente. Um 4º, uma casa de banhoe uma ventoinha a funcionar 24h por dia cujo ruído incomoda-me e não me deixa dormir em paz, tenho dormido muito pouco estas últimas noites. Estas duas semanas têm sido duras, tenho que admitir, e muito por culpa da falta de organização/responsabilidade/maturidade do comité da Aiesec que me acompanha cá. Estes miúdos, acho que posso chamá-los assim já que têm em média 10 anos a menos que eu, deviam ter estas coisas resolvidas já antes de eu cá chegar, mas aqui estou eu quase duas semanas depois ainda sem casa. Sei que aqui em Goa ainda não têm comité e estão a fazer por isso, mas vir cá por uma semana e tentar resolver tudo isto (tratar da casa, internet, transporte, novos membros, novos estagiários) de rajada é ser irrealista, tudo bem que seja aceitável para a idade deles mas não é aceitável de todo perante a situação em que me encontro. Felizmente posso contar com o meu patrão. Contei-lhe a situação, hoje de manhã tivemos uma reunião, eles levaram uma autêntica lição de moral e estão pressionados no sentido de apresentar resultados rapidamente, sendo que a prioridade nº1 será, obviamente, encontrar um sítio para mim. Eles são muito fixes, super simpáticos e tal, mas a falta de organização e alguma irresponsabilidade pelo meio já me deixa sem paciência. Aiesecers por favor não vejam isto como “lavar a roupa em praça pública”, mas também não posso dizer está a correr tudo as mil maravilhas, porque não está, e este blog tem sido praticamente a minha única forma de comunicação com amigos e até família. E acredito que esta não é a verdadeira imagem da Aiesec, porque olho para vocês e vejo um exemplo de como uma organização deve funcionar. Por vezes as coisas simplesmente não correm como esperávamos, vamos lá ver se pelo menos eles aprendem com os erros que cometeram e que tudo corra BEM melhor para os próximos estagiários. E agora desculpem lá mas vou comer porque não aguento mais :P
Licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação+Especialização em Comunicação Multimédia-Audiovisual Digital pela Universidade de Aveiro. Apaixonado por rali, música e viajar!
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